segunda-feira, 6 de agosto de 2018

EEB Barão de Antonina - Relatório de Resultados Obtidos


E.E.B.BARÃO DE ANTONINA
COMBATE À VIOLÊNCIA E AO USO DE DROGAS

Seminário interno de prevenção e combate às drogas
e à violência reúne alunos, pais e professores


Realizado nos dias 23 e 24 de junho do corrente ano (2015), nas dependências da escola, a fim de desenvolver as políticas educacionais do NEPRE (Núcleo de Educação e Prevenção) com discussões acerca do uso e abuso de substâncias psicoativas, educação sexual e as violências, na ótica da educação e prevenção. Sendo o NEPRE responsável por fomentar ações que visem à construção de uma rede de proteção integral às crianças e aos adolescentes.
Segundo o diretor Sergio Antonio Souza: “As ações de violências que se instalam entre os alunos adolescentes, entre alunos e professores, contra a escola e outras situações, passam a ser tratadas e combatidas, imediatamente, no interior da escola e quando necessárias encaminhadas a outros órgãos e instituições, através de redes multissetoriais como: Conselho Tutelar, Polícia Militar e Ministério Público, que ajudam a criar estratégias para o encontro imediato de soluções.”
A E.E.B.Barão de Antonina busca conhecer e fazer o adolescente se reconhecer no contexto de proteção ou de risco no meio escolar e na comunidade. Realizou-se uma pesquisa, com o auxílio da 3ª08 do Ensino Médio Inovador, sob orientação da professora Adriana Kalinosk Machado sobre: Termômetro de Risco e Proteção na escola.
O gráfico, a seguir, revela que 72% dos alunos entrevistados encontram-se em situação de proteção na escola, 27% em risco e 1% não opinou.


Melhorar as regras de convivência, perceber quando há problemas de relacionamento e buscar resolvê-los, ensinar regras de etiqueta são propostas trabalhadas, na escola, para garantir proteção aos estudantes. Porém, ações e reflexões voltadas para melhorar questões de riscos foram expostas pelos seguintes profissionais: psicólogo Clínico e Institucional, Lucas Tadra Bercket: “Adolescência e Drogas: uma dupla que não combina”; Cabo da PM Mafra, SR. Everton Silvano Cidral: “Sou a realidade das minhas escolhas”; Professora da UnC, mestre em Psicopedagogia, Doutoranda em Tecnologia da Saúde e Fisioterapeuta, Jaqueline Horodesk acompanhada da supervisora do curso de Fisoterapia da Unc- Mafra, Paty Pereira e acadêmicos de fisioterapia: “Drogas e Qualidade de Vida”; o Arquiteto, Urbanista e Umbandista Charles Neitzel: “Autoconhecimento, personalidade e sociedade”; a Professora Iria Graciete Weinert Chaves, Especialista em Gramática e Produção de Texto, apresentou o seguinte relato: “Por favor Deus! Tenho apenas 17anos” do livro: "Histórias para aquecer o coração dos adolescentes" de Abgail Van Buren.  
     “O dia em que morri era um dia comum de aula. Agora, como eu desejava ter tomado o ônibus! Mas eu não estava afim.
     Lembro-me de quando bajulei a mamãe para me dar o carro. Um favor especial, eu pedi e implorei; todos os da patota dirigem o carro, mãe. Quando soou a sineta das 2h50min, joguei todos os meus livros no armário. Eu estava livre até às 8h40min da manhã do dia seguinte. Corri para o estacionamento, entusiasmado pelo pensamento de dirigir um carro e ser meu próprio chefe. Livre!
     Agora não importa lembrar como aconteceu o desastre. Eu estava sentando correndo muito. Tirando fininhos, mandando brasa. Estava desfrutando minha liberdade e tendo um tempo sensacional. A última coisa que me lembro era uma velha que parecia estar andando devagar prá burro. Depois só ouvi o barulho ensurdecedor e um terrível solavanco. Ferro e vidro voaram para todo lado. Meu corpo inteiro parecia sair de dentro para fora, arrancado sei lá por que, e eu ouvi meu próprio grito.
     De repente acordei: tudo estava calmo, quieto, silencioso. Um policial estava em pé me olhando. Então vi um médico. Meu corpo estava estraçalhado. Eu estava uma pasta só de sangue. Pedaços de vidro estavam me picando o corpo. Só que eu não sentia nada, caramba! Hei não puxem esse lençol sobre minha cabeça! Eu não posso estar morto!
     Tenho um encontro, uma paquera para logo mais. Eu devo crescer e ter uma vida jóia. Eu nem vivi direito ainda, cara. Eu não posso estar morto! Tire este lençol da minha cara. Depois, eu fui colocado numa gaveta. Meu pessoal teve de me identificar.
     Por que é que tive de ser visto assim? Por que tive de olhar para os olhos de mamãe enquanto ela encarava a mais terrível provação de vida?
     Papai de repente ficou um velho. Sua voz estava assim quando ele disse ao encarregado: " Sim é o meu filho".
     Meu funeral foi terrível, fantástica experiência. Eu vi todos os meus parentes e amigos desfilarem frente ao caixão. Eles iam passando, um a um, e olhavam para mim com o olhar mais triste que jamais eu vira. Alguns de meus amigos estavam chorando. Alguns brotinhos tocavam minha mão e soluçavam sem conseguir disser nada.
     Por favor, alguém me acorde. Tirem-me daqui... Eu não aguento ver papai e mamãe tão arrasados. Meus avós estão destroçados de pesar, e quase não podem nem andar. Meu irmão e minhas irmãs estão como zumbis. Andam como se fossem robôs. Todo mundo desorientado. Ninguém pode acreditar no que aconteceu. Nem eu acredito!
     Por favor, não me enterrem... Eu não posso estar morto. Tanto eu tenho ainda que viver! Eu quero rir e brincar outra vez. Quero cantar e dançar. Por favor, não me ponha debaixo da terra. Eu prometo que, se tiver uma nova chance, Deus, eu serei o motorista mais cuidadoso do mundo.
     Tudo o que eu quero é uma chance mais, uma só ...
     Por favor, Deus, Eu só tenho 17 anos, só 17!”

Estudantes preocupados com o futuro dos jovens deixaram suas mensagens: Michele Cardoso, 2ª01, afirma: “Quero fazer o bem, não quero fazer o mal. Sem drogas e violência o mundo seria ideal”; Andrielly Wollf Tibes, André Augusto da Maia e Luiz Eduardo da Silveira, 3ª01, pensam que: “As drogas machucam seu corpo e a violência seu coração. Por resultado a tristeza, que leva sua vida em vão” e Wendel José de Lima, 3ª02 , enfaticamente alerta: “ DROGAS. Não entre nessa roubada! Ela rouba a liberdade, a família, a saúde e a vida”. As mensagens foram impressas em marcadores de livro e distribuídas para o público presente no seminário.
“O que se está observando, na prática, é que a E.E.B. Barão de Antonina está protegendo os alunos adolescentes, com ações imediatas e articuladas, aproximado as famílias e a sociedade na resolução de problemas ocasionados pelos diferentes tipos de violências cometidas”. Finaliza o gestor Sergio Souza.


Pesquisa revela que jovens não têm para aonde ir

Muitos jovens sentem a falta de uma pista de Skate, ciclovias, praças atrativas, parques, Shopping Center, cinema, teatro, eventos culturais.

A qualidade de vida de Jovens de Mafra melhoraria muito, se houvesse ambientes e espaços culturais para reunir a família e os amigos nos finais de semana e horários de folga.
Professor Guilherme Guimbala Junior, da APEEJ ( Associação de Pesquisa e Extensão em Educação de Joinville) de maneira alegre e descontraída, durante o Seminário revelou “Retratos de uma Juventude: 20 mil jovens depois”,temas importantes como as relações entre pais e filhos, a sexualidade, Bullying, deslocalização temporal e flutuações de humor e expôs dados relevantes de pesquisa realizada nas escolas estaduais de Mafra. Questões que merecem maior reflexão e a ações práticas para aumentar a consciência de como viver melhor e bem em comunidade. Em relação aos espaços públicos afirmou: “Sem dúvidas é uma das maiores carências manifestadas por estes jovens, lugares públicos em seus bairros com boa infraestrutura de lazer para seus amigos e família.”Para amenizar a situação e a impossibilidade econômica é aproveitar o espaço das escolas e abri-las como locais alternativos para lazer nos finais de semana, o que já acontece na E.E.B.Barão de Antonina e Tenente Ary Rauen.
Em relação à questão das relações na família, revela o pesquisador: ” Pedem estes alunos para que esta fala também seja apresentada a seus pais em uma oportunidade futura, destaco que também recebemos da GERED local e de diversos diretores a mesma requisição.” Conclui que a crise na adolescência é descrita pela Psicologia como Sistêmica envolve toda a família e seus membros, muito da personalidade dos jovens são reflexos da personalidade de seus pais. Comentou também que: “ A gravidez precoce é um tema que necessita uma atenção urgente das autoridades e da comunidade, uma atualização em Sexualidade Humana seria de muita valia não só para os alunos, mas também para os pais e professores.”
Uma sugestão de Guimlaba é uma parceria entre CDL local e a Secretaria de Educação para oferecer aos estudantes destaques, prêmios como: smarphones, tablets, bicicletas, computadores, viagens de estudos e ingressos para eventos importantes como a EXPOGESTÃO. Não se esquecendo dos professores que mais contribuíssem nesse processo de melhoria de qualidade na educação e crescimento pessoal dos alunos, reconhecendo seus méritos não só com homenagens, mas com prêmios significativos e viagens de estudo.
Dessa forma, pais, professores, comunidade e autoridades devem se unir para proporcionar aos jovens maiores oportunidades de conhecimento e de desenvolvimento psicossocial.


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