E.E.B.BARÃO DE ANTONINA
COMBATE À VIOLÊNCIA E AO
USO DE DROGAS
Seminário
interno de prevenção e combate às drogas
e
à violência reúne alunos, pais e professores
Realizado
nos dias 23 e 24 de junho do corrente ano (2015), nas dependências da
escola, a fim de desenvolver as políticas educacionais do NEPRE
(Núcleo de Educação e Prevenção) com discussões acerca do uso e
abuso de substâncias psicoativas, educação sexual e as violências,
na ótica da educação e prevenção. Sendo o NEPRE responsável por
fomentar ações que visem à construção de uma rede de proteção
integral às crianças e aos adolescentes.
Segundo
o diretor Sergio Antonio Souza: “As ações de violências que se
instalam entre os alunos adolescentes, entre alunos e professores,
contra a escola e outras situações, passam a ser tratadas e
combatidas, imediatamente, no interior da escola e quando
necessárias encaminhadas a outros órgãos e instituições, através
de redes multissetoriais como: Conselho Tutelar, Polícia Militar e
Ministério Público, que ajudam a criar estratégias para o encontro
imediato de soluções.”
A
E.E.B.Barão de Antonina busca conhecer e fazer o adolescente se
reconhecer no contexto de proteção ou de risco no meio escolar e na
comunidade. Realizou-se uma pesquisa, com o auxílio da 3ª08 do
Ensino Médio Inovador, sob orientação da professora Adriana
Kalinosk Machado sobre: Termômetro de Risco e Proteção na escola.
O
gráfico, a seguir, revela que 72% dos alunos entrevistados
encontram-se em situação de proteção na escola, 27% em risco e
1% não opinou.
Melhorar as regras de
convivência, perceber quando há problemas de relacionamento e
buscar resolvê-los, ensinar regras de etiqueta são propostas
trabalhadas, na escola, para garantir proteção aos estudantes.
Porém, ações e reflexões voltadas para melhorar questões de
riscos foram expostas pelos seguintes profissionais: psicólogo
Clínico e Institucional, Lucas Tadra Bercket:
“Adolescência e Drogas: uma dupla que não combina”;
Cabo da
PM Mafra, SR. Everton Silvano Cidral: “Sou
a realidade das minhas escolhas”; Professora
da UnC, mestre em Psicopedagogia, Doutoranda em Tecnologia da Saúde
e Fisioterapeuta, Jaqueline Horodesk acompanhada da supervisora do
curso de Fisoterapia da Unc- Mafra, Paty Pereira e acadêmicos de
fisioterapia: “Drogas
e Qualidade de Vida”; o
Arquiteto, Urbanista e Umbandista Charles Neitzel:
“Autoconhecimento, personalidade e sociedade”;
a Professora Iria
Graciete Weinert Chaves, Especialista em Gramática e Produção de
Texto, apresentou o seguinte relato: “Por
favor Deus! Tenho apenas 17anos” do
livro: "Histórias
para aquecer o coração dos adolescentes" de
Abgail
Van Buren.
“O
dia em que morri era um dia comum de aula. Agora, como eu desejava
ter tomado o ônibus! Mas eu não estava afim.
Lembro-me de quando bajulei a mamãe para me dar o carro. Um favor especial, eu pedi e implorei; todos os da patota dirigem o carro, mãe. Quando soou a sineta das 2h50min, joguei todos os meus livros no armário. Eu estava livre até às 8h40min da manhã do dia seguinte. Corri para o estacionamento, entusiasmado pelo pensamento de dirigir um carro e ser meu próprio chefe. Livre!
Agora não importa lembrar como aconteceu o desastre. Eu estava sentando correndo muito. Tirando fininhos, mandando brasa. Estava desfrutando minha liberdade e tendo um tempo sensacional. A última coisa que me lembro era uma velha que parecia estar andando devagar prá burro. Depois só ouvi o barulho ensurdecedor e um terrível solavanco. Ferro e vidro voaram para todo lado. Meu corpo inteiro parecia sair de dentro para fora, arrancado sei lá por que, e eu ouvi meu próprio grito.
De repente acordei: tudo estava calmo, quieto, silencioso. Um policial estava em pé me olhando. Então vi um médico. Meu corpo estava estraçalhado. Eu estava uma pasta só de sangue. Pedaços de vidro estavam me picando o corpo. Só que eu não sentia nada, caramba! Hei não puxem esse lençol sobre minha cabeça! Eu não posso estar morto!
Tenho um encontro, uma paquera para logo mais. Eu devo crescer e ter uma vida jóia. Eu nem vivi direito ainda, cara. Eu não posso estar morto! Tire este lençol da minha cara. Depois, eu fui colocado numa gaveta. Meu pessoal teve de me identificar.
Por que é que tive de ser visto assim? Por que tive de olhar para os olhos de mamãe enquanto ela encarava a mais terrível provação de vida?
Papai de repente ficou um velho. Sua voz estava assim quando ele disse ao encarregado: " Sim é o meu filho".
Meu funeral foi terrível, fantástica experiência. Eu vi todos os meus parentes e amigos desfilarem frente ao caixão. Eles iam passando, um a um, e olhavam para mim com o olhar mais triste que jamais eu vira. Alguns de meus amigos estavam chorando. Alguns brotinhos tocavam minha mão e soluçavam sem conseguir disser nada.
Por favor, alguém me acorde. Tirem-me daqui... Eu não aguento ver papai e mamãe tão arrasados. Meus avós estão destroçados de pesar, e quase não podem nem andar. Meu irmão e minhas irmãs estão como zumbis. Andam como se fossem robôs. Todo mundo desorientado. Ninguém pode acreditar no que aconteceu. Nem eu acredito!
Por favor, não me enterrem... Eu não posso estar morto. Tanto eu tenho ainda que viver! Eu quero rir e brincar outra vez. Quero cantar e dançar. Por favor, não me ponha debaixo da terra. Eu prometo que, se tiver uma nova chance, Deus, eu serei o motorista mais cuidadoso do mundo.
Tudo o que eu quero é uma chance mais, uma só ...
Por favor, Deus, Eu só tenho 17 anos, só 17!”
Lembro-me de quando bajulei a mamãe para me dar o carro. Um favor especial, eu pedi e implorei; todos os da patota dirigem o carro, mãe. Quando soou a sineta das 2h50min, joguei todos os meus livros no armário. Eu estava livre até às 8h40min da manhã do dia seguinte. Corri para o estacionamento, entusiasmado pelo pensamento de dirigir um carro e ser meu próprio chefe. Livre!
Agora não importa lembrar como aconteceu o desastre. Eu estava sentando correndo muito. Tirando fininhos, mandando brasa. Estava desfrutando minha liberdade e tendo um tempo sensacional. A última coisa que me lembro era uma velha que parecia estar andando devagar prá burro. Depois só ouvi o barulho ensurdecedor e um terrível solavanco. Ferro e vidro voaram para todo lado. Meu corpo inteiro parecia sair de dentro para fora, arrancado sei lá por que, e eu ouvi meu próprio grito.
De repente acordei: tudo estava calmo, quieto, silencioso. Um policial estava em pé me olhando. Então vi um médico. Meu corpo estava estraçalhado. Eu estava uma pasta só de sangue. Pedaços de vidro estavam me picando o corpo. Só que eu não sentia nada, caramba! Hei não puxem esse lençol sobre minha cabeça! Eu não posso estar morto!
Tenho um encontro, uma paquera para logo mais. Eu devo crescer e ter uma vida jóia. Eu nem vivi direito ainda, cara. Eu não posso estar morto! Tire este lençol da minha cara. Depois, eu fui colocado numa gaveta. Meu pessoal teve de me identificar.
Por que é que tive de ser visto assim? Por que tive de olhar para os olhos de mamãe enquanto ela encarava a mais terrível provação de vida?
Papai de repente ficou um velho. Sua voz estava assim quando ele disse ao encarregado: " Sim é o meu filho".
Meu funeral foi terrível, fantástica experiência. Eu vi todos os meus parentes e amigos desfilarem frente ao caixão. Eles iam passando, um a um, e olhavam para mim com o olhar mais triste que jamais eu vira. Alguns de meus amigos estavam chorando. Alguns brotinhos tocavam minha mão e soluçavam sem conseguir disser nada.
Por favor, alguém me acorde. Tirem-me daqui... Eu não aguento ver papai e mamãe tão arrasados. Meus avós estão destroçados de pesar, e quase não podem nem andar. Meu irmão e minhas irmãs estão como zumbis. Andam como se fossem robôs. Todo mundo desorientado. Ninguém pode acreditar no que aconteceu. Nem eu acredito!
Por favor, não me enterrem... Eu não posso estar morto. Tanto eu tenho ainda que viver! Eu quero rir e brincar outra vez. Quero cantar e dançar. Por favor, não me ponha debaixo da terra. Eu prometo que, se tiver uma nova chance, Deus, eu serei o motorista mais cuidadoso do mundo.
Tudo o que eu quero é uma chance mais, uma só ...
Por favor, Deus, Eu só tenho 17 anos, só 17!”
Estudantes
preocupados com o futuro dos jovens deixaram suas mensagens: Michele
Cardoso, 2ª01, afirma: “Quero fazer o bem, não quero fazer o mal.
Sem drogas e violência o mundo seria ideal”; Andrielly Wollf
Tibes, André Augusto da Maia e Luiz Eduardo da Silveira, 3ª01,
pensam que: “As drogas machucam seu corpo e a violência seu
coração. Por resultado a tristeza, que leva sua vida em vão” e
Wendel José de Lima, 3ª02 , enfaticamente alerta: “ DROGAS. Não
entre nessa roubada! Ela rouba a liberdade, a família, a saúde e a
vida”. As mensagens foram impressas em marcadores de livro e
distribuídas para o público presente no seminário.
“O
que se está observando, na prática, é que a E.E.B. Barão de
Antonina está protegendo os alunos adolescentes, com ações
imediatas e articuladas, aproximado as famílias e a sociedade na
resolução de problemas ocasionados pelos diferentes tipos de
violências cometidas”. Finaliza o gestor Sergio Souza.
Pesquisa
revela que jovens não têm para aonde ir
Muitos
jovens sentem a falta de uma pista de Skate, ciclovias, praças
atrativas, parques, Shopping Center, cinema, teatro, eventos
culturais.
A
qualidade de vida de Jovens de Mafra melhoraria muito, se houvesse
ambientes e espaços culturais para reunir a família e os amigos nos
finais de semana e horários de folga.
Professor Guilherme Guimbala
Junior, da APEEJ ( Associação de Pesquisa e Extensão em Educação
de Joinville) de maneira alegre e descontraída, durante o Seminário
revelou “Retratos
de uma Juventude: 20 mil jovens depois”,temas
importantes como as relações entre pais e filhos, a sexualidade,
Bullying, deslocalização temporal e flutuações de humor e expôs
dados relevantes de pesquisa realizada nas escolas estaduais de
Mafra. Questões que merecem maior reflexão e a ações práticas
para aumentar a consciência de como viver melhor e bem em
comunidade. Em relação aos espaços públicos afirmou: “Sem
dúvidas é uma das maiores carências manifestadas por estes jovens,
lugares públicos em seus bairros com boa infraestrutura de lazer
para seus amigos e família.”Para amenizar a situação e a
impossibilidade econômica é aproveitar o espaço das escolas e
abri-las como locais alternativos para lazer nos finais de semana, o
que já acontece na E.E.B.Barão de Antonina e Tenente Ary Rauen.
Em relação à questão das
relações na família, revela o pesquisador: ” Pedem
estes alunos para que esta fala também seja apresentada a seus pais
em uma oportunidade futura, destaco que também recebemos da GERED
local e de diversos diretores a mesma requisição.” Conclui que a
crise na adolescência é descrita pela Psicologia como Sistêmica
envolve toda a família e seus membros, muito da personalidade dos
jovens são reflexos da personalidade de seus pais. Comentou também
que: “ A gravidez precoce é um tema que necessita uma atenção
urgente das autoridades e da comunidade, uma atualização em
Sexualidade Humana seria de muita valia não só para os alunos, mas
também para os pais e professores.”
Uma sugestão de Guimlaba é
uma parceria entre CDL local e a Secretaria de Educação para
oferecer aos estudantes destaques, prêmios como: smarphones,
tablets, bicicletas, computadores, viagens de estudos e ingressos
para eventos importantes como a EXPOGESTÃO. Não se esquecendo dos
professores que mais contribuíssem nesse processo de melhoria de
qualidade na educação e crescimento pessoal dos alunos,
reconhecendo seus méritos não só com homenagens, mas com prêmios
significativos e viagens de estudo.
Dessa forma, pais,
professores, comunidade e autoridades devem se unir para proporcionar
aos jovens maiores oportunidades de conhecimento e de
desenvolvimento psicossocial.
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